Marcelo Gastaldi Júnior (São Paulo, 20 de outubro de 1944 - São Paulo, 3 de agosto de 1995) foi um ator, apresentador, garoto-propaganda, produtor, humorista, cantor, compositor, locutor, dublador e diretor de dublagem brasileiro. Era considerado um dos dubladores mais geniais e versáteis de sua geração, tendo sido o criador e a principal força por trás da MAGA, uma cooperativa de dublagem responsável por dublar boa parte das produções internacionais exibidas principalmente pela TVS (atual SBT) entre as décadas de 1980 a 1990. Apesar de ter tido uma abrangente carreira artística, passando pelo teatro, televisão, cinema e a música, Gastaldi é especialmente conhecido por ser a voz clássica e mais marcante do célebre cômico ator mexicano Roberto Gómez Bolaños, além de também ter dirigido a dublagem dos seriados criados e protagonizados pelo mesmo: Chaves, Chapolin e Programa Chespirito, sendo um fato que sem ele, essas séries não teriam feito o mesmo sucesso no Brasil como no México.[2][3][4]
Biografia[]
Carreira de Ator[]

Gastaldi (último a direita) junto de Antônio Aragão e Mário Lúcio de Freitas na década de 1950.
Marcelo começou sua carreira artística em 1956[nota 1], aos 12 anos, ingressando nas Organizações Victor Costa, que posteriormente viraram a TV Paulista (atual Rede Globo). Tendo entrado na emissora junto dos atores José Miziar e Milton de Oliveira, inicialmente, ele atuou em diversos programas Teledrama dirigidos por Alvaro Moya, como Tem Um Homem Lá Em Cima, Os Sinos de Santa Maria, Glorinha (atuando ao lado de Isaura Bruno, Ivete Jayme e Márcia Cardeal), dentre outros. Também atuou em peças ao vivo, como Kaputi, Contos Brasileiros e Sol. Nessa mesma época, Gastaldi também entrou na Rádio Nacional de São Paulo, atuando, entre outros, na rádionovela Entre Nuvens e Estrelas e no programa Grande Teatro Otávio Gabus Mendes, porém, ele ficou na emissora até 1959.

Gastaldi, junto de Osmar Padro e Márcia Cardeal, na novela O Tronco do Ipê em 1963.
Posteriormente, o destaque de Gastaldi como astro infantil nas tele-peças da TV Paulista o levou a participar de outros projetos da emissora até a metade da década de 1960, como o seriado Construtores de São Paulo, os musicais teatrais Vidas em Canções, A Greve das Valsas, O Sonho Duma Menina, e os programas de temas variados Aonde Nos Leva a Canção, A Alma das Costas, o humorístico de Moacyr Franco e Quanto é Que Eu Levo Nisso. Já em novelas, dentre as várias que trabalhou, suas atuações mais marcantes foram A Grande Esperança, O Tronco de Ipê (contracenando com Osmar Prado e, novamente, Márcia Cardeal) e Eu Amo Esse Homem. Ainda neste período, ele também foi assistente de Líbero Miguel, que fora diretor das novelas da emissora. Particularmente em 1961, Gastaldi esteve ao lado de Silvio Santos no programa Bolada Fik Forte, onde assessorou o apresentador, ao lado de Gessy Soares de Lima. Curiosamente, ambos voltariam a trabalhar juntos nos anos de 1980, agora não mais como colegas, mas como funcionário e patrão.
Saindo então da TV Paulista em 1965, Gastaldi foi para a Rede Record, aonde atuou na novela Turbilhão. Depois de seu término, ele deixou a emissora e começou a trabalhar ativamente em peças de teatro, dentre elas, o espetáculo infantil Três Peraltas na Praça, Charme 70 e O Gato de Botas, onde contracenou com diversos colegas que entrariam no ramo da dublagem, Dulcemar Vieira, Sílvio Navas, Maralisi Tartarini, Marcos Miranda, Marcos Lander, Olney Cazarré, Adin Nagin, Zodja Pereira, Roni Rios, entre outros. Marcelo também dirigiu peças nessa época, como Pluft, o Fantasminha, entre outras.

Gastaldi, durante a década de 1970.
Do início até metade da década de 1970, Marcelo trabalhou na TV Cultura, onde ele chegou a ser, ao lado de Ana Maria Dias e Amilton Monteiro, um dos apresentadores de cursos do Madureza Ginasial (atual supletivo), um programa produzido pela emissora, sob a direção de José Castellar, que consistia em ensinar matemática de forma criativa usando situações teatralizadas. Nelas, Gastaldi contracenava com Carlos Zara, sendo que além dos dois, vários outros atores participavam, como Luís Carlos Arutin, Lutero Luiz, Luciano Ramos, Rodolfo Mayer além de Branca Ribeiro. No geral, esta atração foi considerada tão inovadora para época que seu derivado, Números Inteiros e Relativos, ganhou o prêmio anual da TV NHK do Japão como melhor programa educacional do ano de 1975, sendo esse o 10º Concurso Anual de Programas Educativos de Rádio e Televisão. Também durante esse período do tempo, particularmente em 1974, Marcelo atuou em seu primeiro (e único) filme, Regina e o Dragão de Ouro, ao lado de vários colegas dubladores, como Carlos Seidl, Cecília Lemes (que interpretou a personagem-título do filme), Renato Restier e Raimundo Duprat, entre outros.
Uma vez que deixou a TV Cultura, em 1976, Marcelo entrou na TV Tupi, aonde atuou na novela Tchan - A Grande Sacada. No ano seguinte, após o término da novela, ele começou a participar do programa humorístico, Domingo é Dia de Graça, ao lado de José Santa Cruz, Roberto Barreiros, Rogério Cardoso, Ferrugem, Renato Master, entre outros. Marcelo também trabalhou nessa época na TVE, onde apresentou um programa educacional, além de atuar em 1978 na minissérie Minha Vida é Uma Novela, na TV Gazeta. Em 1979, Marcelo realizou seu último trabalho relacionado com cinema ao fazer uma participação não creditada de voz no filme Histórias Que Nossas Babás Não Contavam.
Na década de 1980, Marcelo passou a trabalhar na TVS (atual SBT), sendo que nessa época, além de seu trabalho com voz, ele tanto atuou quanto na dirigiu novelas da emissora. Exemplos disso incluem sua atuação em Sombras do Passado (onde contracenou com Mário Vilela e, novamente, Cecília Lemes) e ser um dos diretores de Pecado de Amor, ambas produções novelísticas feitas em 1983. Posteriormente, em 1985, Marcelo voltou a trabalhar com teatro, dirigindo a peça C.V.V., Boa Noite, com Zilda Mayo e André Rezende no elenco.
Carreira Musical[]

Marcelo (2ª sentado, de cima para baixo) com os demais integrantes do grupo, Os Iguais.
Marcelo, além de ator, também era cantor e compositor, tendo feito parte de um quarteto musical em 1966, na época da Jovem Guarda, chamado Os Iguais.[5] Integrando o grupo junto de Antônio Marcos, Apollo Mori e Mário Lúcio de Freitas, eles ficaram conhecidos por adaptar músicas estrangeiras para versão brasileira, tais como a canção "I'll Follow the Sun" dos Beatles para "Quero Te Dar Meu Coração". Todavia, o maior sucesso da banda foi, sem dúvida, a canção "A Partida" (composta por Gastaldi com Mário Lúcio), chegando ao terceiro lugar das paradas musicais das rádios em São Paulo.
Por conta do sucesso das adaptações que fizeram, o grupo chegou a se apresentar em diversos programas da TV Excelsior, sendo que, inclusive, tiveram seu próprio programa na emissora, chamado de A Partida, que durou alguns meses. Após o término da atração, Antônio Marcos decidiu deixar a banda e seguir carreira solo, tornando-se um cantor bem conhecido. Apesar disso, mesmo na época em que ele havia saído, Os Iguais ainda gravaram mais algumas coisas, até 1968. Depois, o grupo acabou se desfazendo. Apollo Mori deixou a carreira artística; Mário Lúcio de Freitas decidiu continuar compondo, adaptando e dirigindo músicas para o cada vez mais emergente ramo da dublagem; e Gastaldi voltou a focar em sua carreira na atuação, embora também tenha incorporado sua proficiência em canto e composição musical em seu trabalho como dublador.
Posteriormente, nos anos 1980, Gastaldi e Mário Lúcio retomaram sua parceira, com ambos criando várias músicas para então nova emissora de Silvio Santos, o SBT. Entre elas, destacam-se as canções "Anjo Bom" e "A Família" para a novela mexicana Chispita, ao qual se tornou uma das novelas de maior sucesso na história da emissora. De fato, as músicas desta novela fizeram tanto sucesso que seu LP contendo as canções de Gastaldi e Mario Lúcio vendeu mais de 200 mil copias, ganhando assim o disco de ouro. Eles também compuseram a abertura e todas as demais canções da novela Jerônimo, aos quais foram igualmente lançadas em um LP produzido pela dupla. Já se tratando apenas de músicas de abertura de produções televisivas, Gastaldi e Mario Lúcio criaram as canções tanto da novela Viviana - Em Busca do Amor quanto da série Punky - A Levada da Breca, com a última sendo considerada tão nostálgica pelos fãs brasileiros que ganhou o status cult.
Dublagem[]
Início, Primeiras Dublagens e Greve dos Dubladores[]
O interesse de Gastaldi pela dublagem surgiu ainda na infância devido a seu gosto por radionovelas, onde ouvia "as vozes que não sabia os rostos". Uma vez que completou 15 anos, ele começou a procurar por trabalho na área enquanto atuava nos estúdios de rádio. Foi então que nessa época, ele acabou conhecendo Ribeiro Filho, que, após ver seu "entusiasmo", o levou até a Gravasom para fazer um teste. Passando na avaliação, como os diretores do estúdio gostaram de sua voz, Gastaldi fora imediatamente escalado para substituir Nelson Batista na dublagem do jovem James "Bud" Anderson Jr. (interpretado por Billy Gray) da série Papai Sabe Tudo, tornando-se assim seu primeiro trabalho de voz.[6] O personagem inclusive, fora também seu primeiro trabalho fixo, já que ele continuou a dublá-lo mesmo depois que o seriado passou a ser dublado na AIC em 1962.

Gastaldi (2ª sentado a direita), junto com o elenco de dublagem da AIC, na década de 1960.
Na AIC, Gastaldi teve uma longa estadia como dublador, conciliando essa nova função com sua carreira tanto na televisão quanto na música. Embora ele apenas dublasse adolescentes com poucas falas em seu início no estúdio, através de sua persistência, com o tempo, Gastaldi passou a ter mais tempo de dublagem dando voz a atores convidados em seriados, como em Jornada nas Estrelas, Perdidos no Espaço, Terra de Gigantes, Viagem ao Fundo do Mar, Daniel Boone, A Feiticeira, entre outras. Isso culminou com ele ganhando alguns personagens fixos em séries, principalmente no decorrer da década de 1960, sendo geralmente escalado para comédias ou westerns. Dentre as que se destacaram neste período, incluem-se Carlos Ramírez (interpretado por Alejandro Rey) em A Noviça Voadora (onde teve uma gratificante parceria com Aliomar de Matos, que o ensinou muito na dublagem), Mike (interpretado por Michael Nesmith, ao qual dublou como 2ª voz, substituindo Orlando Viggiani) na sitcom Os Monkees, Jeremy Bolt (interpretado por Bobby Sherman) em E As Noivas Chegaram e Billy Blue Cannon (interpretado por Mark Slade) em Chaparral. Essa última série, em particular, fora tida pelo próprio Gastaldi como sua primeira grande oportunidade de dublar um papel realmente dramático, uma vez que considerava o personagem dublado por ele em E As Noivas Chegaram como "muito apagado" para seu gosto. Posteriormente, no final dos anos de 1960, Gastaldi passou a dublar Lou Costello (da dupla cômica Abbott & Costello) em mais de uma dúzia de seus filmes produzidos entre os anos 1940 e 1950. Em última análise, devido a seu desempenho no estúdio, ele acabou acumulando mais uma função em sua carreira artística: o de diretor de dublagem. Entretanto, apesar de seu tempo na direção da AIC o ter preparado para esse ramo da profissão de dublador, pessoalmente, Gastaldi não gostava muito de dirigir dublagens, visto que o trabalho envolvido era cansativo para ele.
Por volta do início da década de 1970, além de continuar a atuar na AIC, Gastaldi começou a trabalhar na Odil Fono Brasil, onde deu voz a outro comediante em sua carreira: o celebre ator Jerry Lewis. Embora não seja totalmente confirmado, é altamente provável que Marcelo tenha sido seu primeiro dublador no Brasil, tendo o dublado em, pelo menos, seis de seus filmes: O Biruta e o Folgado, Os Malucos do Ar, O Rei do Laço, Delinquente Delicado, O Professor Aloprado e Boeing Boeing. Infelizmente, todas as produções dubladas na Odil acabaram sendo destruídas por conta tanto da péssima conservação da qualidade do áudio das dublagens quanto por ordem da Brás Continental (a distribuidora dos filmes no país) devido a sua falência nos anos de 1980, resultando, consequentemente, na perda de todos os trabalhos feitos por Gastaldi no estúdio. Seja como for, a experiência em dublar Lewis fora tão especial para Marcelo que seus colegas, anos mais tarde, comentaram que ele amava ter dublado o ator e considerou uma honra emprestar sua voz ao mesmo. Já em desenhos, entre as várias animações que deu voz nessa mesma época, suas participações mais marcantes foram o personagem Bam-Bam adolescente em algumas produções de Os Flintstones (onde trabalhou mais uma vez com Aliomar de Matos), sendo que, na franquia homônima, ele também chegou a ser um dos dubladores de Barney Rubble.
Em 1976, após o fechamento da AIC e surgimento da BKS, Marcelo passou a dublar ativamente neste novo estúdio em seus primeiros anos. Dentre os diversos trabalhos que participou nesse período, os mais recorrentes foram, de uma forma geral, nos seriados animados Andy Panda (substituindo Márcia Gomes na voz do personagem homônimo), A Família Urso (dublando Charlie Urso Jr.), Picolino e Walter Lantz Cartune, onde também fez locução de títulos dos episódios das respectivas séries. Ele repetiria essa mesma função em Pica-Pau devido o seriado ter passado a ser dublado na BKS no final dos anos de 1970. Notavelmente, em 1977, como muitos dubladores paulistanos, Gastaldi participou da greve geral da dublagem brasileira, que durou um ano. Com o fim da greve em 1978, ele se juntou a então recém-formada cooperativa de dubladores Com-Arte, que fora contratada para atuar no núcleo de dublagem da TVS no mesmo ano que a sociedade fora criada. Trabalhando então fortemente em ambos os polos de dublagem até 1983, Gastaldi deu sua voz a inúmeras produções exibidas exclusivamente para televisão, como, por exemplo, a série tokusatsu Spectreman (onde fora a 3ª voz do personagem Wada, interpretado por Koji Ozaki, substituindo Potiguara Lopes e Fábio Villalonga, respectivamente) e os curtas do Bozo (ao qual apenas dublou personagens secundários).
Criação da MAGA, séries de Roberto Gómez Bolanõs e sucesso nacional[]

Marcelo, em uma propaganda da Taff Man, em 1984.
Com a chegada dos anos de 1980, devido ao aumento substancial de dublagens requisitadas pela TVS por conta tanto de sua "transição" para se tornar o SBT quanto o contrato entre a emissora e a rede televisiva mexicana Televisa, Gastaldi foi convidado para montar sua própria cooperativa de dublagem a fim de atender essa demanda. Nasceu assim a MAGA (abreviatura do nome e sobrenome do proprietário da empresa), uma sociedade independente de dubladores formada da parceria do próprio Gastaldi com Osmiro Campos e Mário Lucio de Freitas. Fundada em 1983 após o fim da Com-Arte, a MAGA atuou simultaneamente com a Elenco Produções Artísticas no núcleo de dublagem da TVS/SBT devido ao elenco de vozes e a equipe técnica das duas empresas serem basicamente os mesmos, já que ambas trabalhavam dentro do estúdio da mesma emissora. Por causa disso, Gastaldi acabou tendo de trabalhar nas duas cooperativas ao mesmo tempo e de forma quase que exclusiva, visto que ele estava impedido de dublar em alguns dos outros estúdios paulistas em decorrência de sua participação na greve dos dubladores de 1977 contra tais estúdios (como a Álamo, de Michael Stoll). No geral, dentre as várias atrações importadas que participou nesta época, Marcelo dublou principalmente novelas, estando no elenco da maioria, senão todas, das primeiras produções do gênero exibidas no país como Os Ricos Também Choram, Chispita, Viviana - Em Busca do Amor, entre outras.
Além de novelas, Gastaldi dublou várias séries e filmes com versão da Elenco, como o seriado Super Herói Americano, dando voz ao protagonista interpretado por William Katt (a quem dublaria depois na 1ª dublagem do filme A Casa do Espanto). Também dublou James Spader em Tuff Turf - O Rebelde, sendo provavelmente escalado para dublar o ator no filme por conta de sua experiência como cantor, uma vez que o interpretou enquanto cantava a música "We Walk the Night" (que foi traduzida no Brasil para "Assim Não Dá"). Nesse mesmo período, pela MaGa, Gastaldi dublou e dirigiu os Especiais da Turma do Charlie Brown. Tendo dado voz ao protagonista homônimo do desenho, além de alguns personagens secundários. Sua interpretação e direção do seriado fora tão bem quista pelo público na época que a versão dublada por seu estúdio fora reconhecida como tendo dado um toque especial na animação que a requintou ainda mais. Ademais, Gastaldi também dirigiu a primeira versão dublada de Papillon, tendo inclusive dublado o ator Robert Deman no filme.

Marcelo dublando e dirigindo na MAGA.
Ainda em 1983, Marcelo começou a realizar os trabalhos que, definitivamente, deixariam seu nome gravado para sempre na história da dublagem brasileira. Isso teve início quando, de forma despretensiosa, o SBT recebeu de brinde, junto de suas novelas importadas da Televisa, o “primeiro lote” de dois "simples" seriados de comédia: Chaves e Chapolin. Embora ambos foram inicialmente reprovados pelos executivos da emissora por serem muito diferentes do padrão dos “enlatados” que vinham dos E.U.A., o diretor geral do núcleo de dublagem da empresa, José Salathiel Lage, entendeu a premissa proposta por elas, sendo que após mostrá-las a Gastaldi, que viu que as piadas, contextos e situações dos dois programas cairiam no gosto brasileiro (que naqueles dias estava acostumado com o humor circense dos Trapalhões), o mesmo também posicionou-se favorável aos seriados. Dessa forma, ambos conseguiram convencer Silvio Santos de que as atrações mexicanas seriam um "sucesso instantâneo" para o canal, levando o dono do SBT a decidir exibir as duas séries em sua grade televisiva.
Sendo então inicialmente chamado por Salathiel Lage apenas para dirigir o processo de dublagem de Chaves e Chapolin na MaGa, Marcelo logo decidiu escalar a si próprio para dublar o ator protagonista (e criador) das séries, Roberto Gómez Bolaños (também conhecido como Chespirito), devido a sua admiração com os textos humorísticos do mesmo e, principalmente, por conta de sua eloquência vocal o permitir dublá-lo em todos os papeis que interpretou além dos dois personagens-título dos programas. Percebendo então que o elenco de voz também teria que ter uma versatilidade próxima ou igual a dele para que pudessem dublar os dois seriados sem perderem suas essências, Marcelo usou esse critério para escolher os dubladores que mais se encaixassem em cada personagem, conseguindo dessa forma imortalizar a voz dos demais atores de ambas produções. Gastaldi também se encarregou da locução dos episódios e atuou junto de Mário Lucio de Freitas na seleção, criação e direção das M&G (Música & Efeitos) exibidas nas séries, já que a Televisa não havia disponibilizado as mesmas em nenhuma de suas produções exportadas, o que, em última análise, as deixou bem diferente de suas trilhas sonoras originais. Não obstante, Marcelo igualmente participou da dublagem da parte musical dos seriados, dado que haviam várias canções neles. Com as séries então estreando no SBT em 1984, embora o sucesso delas não tenha sido imediato, a partir do final da década de 80, tal sucesso começou a ficar bem evidente, culminando com a emissora comprando mais "lotes" de episódios no decorrer dessa época para serem dublados. Em geral, o trabalho dedicado de Gastaldi com Chaves e Chapolin "abrasileirou" as séries de tal forma que ambas viriam a ser consideradas como os trabalhos de maior prestigio de toda sua carreira de dublador, além de também torná-lo um dos responsáveis em fazer a dublagem brasileira ser reconhecida como uma das cinco melhores do mundo.

Marcelo, com Cecilia Lemes, ao lado de Gugu no programa Viva Noite, em 1989.
Só que apesar do grande reconhecimento que as séries de Chespirito lhe trouxeram, Gastaldi não permaneceu os dirigindo por completo devido às suas obrigações como empresário, embora as decisões finais na dublagem de ambas produções ainda continuaram a seu critério. A popularidade de Chaves e Chapolin, no entanto, fez com que Gastaldi, a partir de 1987, fosse convidado para dar entrevistas em diversos programas e participar de palestras para cursos de dubladores, onde pregava a importância da naturalidade na interpretação da dublagem e como o ato de dublar representava a "arte da despersonalização". Nesse mesmo período, ele esteve no elenco de voz da novela A Vingança (a última atração deste tipo dublada nos estúdios da TVS/SBT), onde dublou o personagem Rafael Narvaez (interpretado por Xavier Marc). Em 1988, Marcelo foi um dos primeiros entrevistados de Jô Soares em seu (então inédito) talk show, Jô Soares Onze e Meia, sendo elogiado pelo entrevistador por suas dublagens serem capazes de "melhorar" atrações internacionais. Já entre 1989 e 1990, Marcelo participou de um quadro, junto de Cecília Lemes, chamado "Adivinhe se Puder", do Viva Noite, onde os artistas convidados tinham que identificar quem ele e Cecília dublavam. Ainda no mesmo programa, Marcelo também dublou Bolaños em entrevistas que o mesmo concedeu a atração.
Fim da MAGA e migração para Marshmallow[]

Marcelo com o recém-lançado LP de Chaves, em 1990.
O final da década de 1980 fora um período um tanto tenso para Gastaldi. Embora sua empresa tivesse beneficiado grandemente o SBT com o sucesso cada vez mais crescente de Chaves e Chapolin, por volta de 1989, Silvio Santos decidiu fechar o núcleo de dublagens da emissora, resultando no fim das cooperativas de dubladores vinculadas a ela. Só que ao contrário da Elenco que se desfez com essa decisão, Marcelo conseguiu transferir a MAGA para os estúdios da Marshmallow, que então pertenciam a seu amigo, Mário Lúcio de Freitas, ganhando assim uma sobrevida para sua cooperativa. Ainda no mesmo ano, Gastaldi produziu e lançou o LP do Chaves contendo 10 faixas ao todo, sendo algumas canções compostas por ele próprio, tais como "Kiko", "Madruga" (ao lado novamente de seu parceiro, Mário Lúcio) e "Chiquinha" (junto de Fernando Netto). Tendo a direção de Mário Lúcio de Freitas, o LP contou não apenas com a voz de Gastaldi, mas também com vários dubladores do seriado e cantores independentes. Todavia, apesar do resultado final do produto ter ficado próximo da essência da série e de seus personagens, Gastaldi declarou depois ao Jornal do Brasil que não gostou do disco como um todo.[7]
Últimos Anos[]

Gastaldi, durante uma pausa, em 1994.
Durante o início da década de 1990, Marcelo passou a dublar simultaneamente tanto na MAGA quanto na Marshmallow. Dentre os trabalhos que realizou neste período pela sua cooperativa que mais se destacaram, incluem-se o último "lote" de episódios de Chaves e Chapolin comprados pelo SBT, o seriado amalgamado do Kiko lançado na Bandeirantes, o telefilme Chapolin: Aventuras em Marte e o filme Charrito: Um Herói Mexicano (ao qual também dirigiu). Este último aliás foi o único filme de Bolaños lançado no Brasil, uma vez que Aventuras em Marte é apenas junção de dois episódios de Chapolin da temporada de 1981 do Programa Chespirito. Já em conjunto com a Marshmallow, Marcelo foi a voz de Lothos (interpretado por Rutger Hauer) em Buffy - A Caça-Vampiros e tanto dublou quanto dirigiu, junto de Gilberto Baroli, a dublagem do longa animado Chantecler - O Rei do Rock, inclusive creditando os nomes dos dubladores durante os créditos da animação, algo incomum para época.

Marcelo, junto de Carlos Seidl, em Feroz e Mau Mau.
A partir de 1991, por conta de ter gostado tanto do estilo humorístico empregado tanto em Chaves quanto Chapolin e estar preocupado com o rumo que as produções exibidas na televisão brasileira estavam tomando, Gastaldi criou uma série de humor pastelão chamada Feroz e Mau Mau cuja trama fora fortemente inspirada no esquete Os Ladrões de Chespirito. Tendo então chamado Carlos Seidl e Osmiro Campos para compor o elenco do projeto, a série chegou a ter seu episódio piloto aprovado para ser exibido no SBT, entretanto, Feroz e Mau Mau acabou sendo cancelado antes mesmo de ser lançado devido Marcelo não ter conseguido entrar em acordo financeiro com a emissora. Apesar do piloto gravado nunca ter ido ao ar, partes do mesmo foram lançados na internet no decorrer dos anos 2000 até ser disponibilizado por completo no Youtube, através do canal de Mário Lucio de Freitas, em 2017.
Em seus últimos anos, Marcelo começou a ter problemas de saúde que o deixaram fisicamente debilitado, porém, o mesmo manteve extremo sigilo sobre o que o acometia exatamente (excetuando o conhecimento geral de que ele sofria de diabetes). Tal fato ficou ainda mais evidente em sua participação no quadro "Vila do Mallandro" do Programa Sergio Mallandro em 1995, onde ele mostrou estar muito magro. Nessa mesma época, surgiram informações que Gastaldi estaria sofrendo de sérios problemas financeiros, todavia, a veracidade disso também é questionável.
Vida Pessoal[]

Gastaldi com sua esposa, Olga Maria Ribeiro, no aniversário de 15 anos de Cecilia Lemes.
Gastaldi foi casado com Olga Maria Ribeiro por cerca de 20 anos, tendo quatro filhos com ela. Desses, apenas um deles, Márcio, chegou a seguir seus passos no ramo artístico, tendo se tornado dublador e até trabalhado com ele em Estrela Fascinante Patrine.
Antes de seguir carreira artística, Marcelo aparentemente chegou a cursar Direito, mas acabou desistindo. Ele também era um avido fã do ramo de fotografia, quase sempre carregando sua câmera consigo quando viajava a fim de fotografar o que lhe interessava.
Morte[]
Gastaldi faleceu em 03 de agosto de 1995, com 50 anos de idade, por volta das 06h20 da manhã.[1] Uma nota de seu falecimento chegou até ser publicada em uma matéria da Folha de São Paulo, de 15 de outubro de 1995, porém, foi erroneamente descrita como tendo acontecido "há pouco mais de um mês", quando, na verdade, já faziam mais de dois meses. A causa oficial da morte não foi divulgada pela família do dublador.[8] Por conta disso, nas quase três décadas seguintes após o falecimento de Gastaldi, surgiram quatro relatos sobre o que causou sua morte, porém, nenhum deles foi oficialmente verificado devido as divergências entre eles.[nota 2] Foi somente em 2024 que uma fonte independente postou, nas redes sociais do Fórum Chaves, o atestado de óbito de Gastadi, revelando que ele falecera de insuficiência respiratória, pneumonia e agravamento da diabetes — todos consequências da AIDS (Marcelo se tornou soropositivo em algum momento da década de 1990, mas nunca assumiu publicamente a doença).[1]
Após sua morte, supostamente devido as fortes dívidas que deixara, a família de Gastaldi passou por necessidades e tiveram que brigar pelos direitos autorais de suas dublagens, principalmente em Chaves.[9][10] Em 2011, o SBT foi condenado a indenizar os herdeiros de Gastaldi por ter usado sua dublagem em Chaves e Chapolin durante anos sem pagar os direitos devidos.[11]
Legado[]
Com o falecimento de Gastaldi, a MAGA também chegou ao fim, deixando um legado riquíssimo na história da dublagem nacional que contribuiu significativamente para valorização desta área profissional. De fato, diversos colegas próximos de Gastaldi, como Nelson Machado, Marta Volpiani e Osmiro Campos, o creditaram como o maior responsável por ter feito com que o seriados de Roberto Gomez Bolaños não só se firmassem fortemente no Brasil como também se tornassem parte da história do SBT por mais de 30 anos. Até o próprio Bolaños (em entrevista a David Estrada ao programa Conversaciones em 2003) elogiou a dublagem brasileira de suas séries como a melhor que ele já ouvira, com o mesmo inclusive reconhecendo Gastaldi como seu dublador oficial devido a semelhança de suas vozes e incrível versatilidade para dublar todos os personagens que interpretou.
Conforme os anos foram passando desde a exibição original dos seriados no Brasil, cerca de 40% dos episódios de Chaves e Chapolin que eram exibidos no SBT desapareceram no decorrer dos anos 2000 e não foram mais vistos (estes seriam chamados de “episódios perdidos e semelhantes” pelos fãs da série). Só mais de uma década depois que foram redescobertos inúmeros episódios que (antes inéditos) haviam sido dublados por Gastaldi. Posteriormente, com a aquisição das duas séries pelo Multishow, todos os episódios que Gastaldi dublou (cerca de 380 do 520, juntando os dois seriados, respectivamente) passaram a ser reexibidos.
Trabalhos em Dublagem[]
Roberto Gómez Bolaños[]
- Filmes
- Chapolin: Aventuras em Marte (1981) - Chapolin Colorado (MAGA; Marshmallow)
- Charrito: Um Herói Mexicano (1984) - Charrito, Dr. Chapatin
- Séries
- Programa Chespirito (1ª fase; 1970-1973) - Chaves, Chapolin Colorado, Beterraba/"Chômpiras", Dr. Chapatin, vários
- Chaves (1973-1980) - Chaves
- Chapolin (1973-1979) - Chapolin Colorado, Beterraba "Chômpiras", Dr. Chapatin, Vincent Chambon (trailer de "La Chicharra"), vários
- Programas de Auditório
- Viva Noite (1ª fase; 1982-1992) - Ele mesmo (entrevistado em 1989 e 1991)
Lou Costello[]
- Filmes
- Uma Noite nos Trópicos (1940) - Costello (AIC)
- Ordinário, Marche! (1941) - Herbie Brown
- Marinheiros de Água Doce (1941) - Pomeroy Watson
- Cavaleiros da Galhofa (1942) - Willoughby
- Pistoleiros Sem Pistola (1943) - Weejie McCoy
- Bancando Granfinos (1944) - Albert Mansfield
- Camisa de Onze Varas (1945) - Oliver Quackenbush
- Fantasmas Endiabrados (1946) - Horatio Prim
- Abbott e Costello contra Frankenstein (1948) - Wilbur
- Frente a Frente com Assassinos (1949) - Freddie Philips
- Abbott e Costello na Legião Estrangeira (1950) - Lou Hotchkiss
- Bruxaria (1951) - Wilbert Smith
- Perdidos no Alasca (1952) - George Bell
- Abbott e Costello no Planeta Marte (1953) - Orville
- Caçando Múmias no Egito (1955) - Freddie Franklin
Jerry Lewis[]
- O Biruta e o Folgado (1952) - Theodore Rogers (Odil; dublagem original perdida)
- Os Malucos do Ar (1952) - Hap Smith
- O Rei do Laço (1956) - Wade Kingsley Jr.
- Delinquente Delicado (1957) - Sidney L. Pythias
- O Professor Aloprado (1963) - Professor Julius Kelp/Buddy Love
- Boeing Boeing (1965) - Robert Reed
Harry Carey Jr.[]
- Filmes
- Legião Invencível (1949) - 2ª Tenente Ross Pennell
- A Sétima Cavalaria (1956) - Capitão Morrison
William Katt[]
- Filmes
- A Casa do Espanto (1985) - Roger Cobb
- Séries
- Super-Herói Americano (1981-1983) - Ralph Hinkley/Super-Herói Americano (Elenco; dublagem original)
Mark Slade[]
- Séries
- Viagem ao Fundo do Mar (1964-1968) - Malone (2ª voz)
- Chaparral (1967-1971) - Billy Blue Cannon
Filmes[]
- Dois Trapalhões Bem Intencionados (1932) - Eddie Smith (Don Dillaway) (AIC)
- Na Mira do Coração (1935) - Médico de Annie (Gladden James)
- No Velho Chicago (1938) - Bob O'Leary (Tom Brown) (AIC)
- Segure o Fantasma (1941) - Ferdinand Jones (Lou Costello)
- E a Vida Continua (1942) - Vozes adicionais (AIC)
- Cidade Nua (1948) - Vozes adicionais (AIC)
- Uma Mulher Contra o Mundo (1949) - Gene Sheldon (Johnny Sands) (AIC)
- O Vale da Ambição (1950) - Bat Laverne (Paul Lees) (Odil Fono Brasil)
- Cavaleiros da Bandeira Negra (1950) - James Younger (Dewey Martin) (AIC)
- David e Betsabá (1951) - Amnon (Allan Stone)
- O Tesouro do Condor de Ouro (1953) - Cavalariço (Robert Blake), François (Ken Herman)
- Missão Perigosa (1954) - Mensageiro #1 (John Carlyle), Mensageiro #2 (Chester Marshall)
- Ama-me Com Ternura (1956) - Clint Reno (Elvis Presley) (BKS)
- Sangue Ardente (1956) - Bimbo (Wally Russell) (AIC)
- Meus Dois Carinhos (1957) - Vozes adicionais (AIC)
- O Resgate de Bandoleiros (1957) - Billy Jack (Skip Homeier) (AIC)
- Cilada Mortífera (1958) - Atendente (Davis Roberts) (AIC)
- Sem Tempo para Morrer (1958) - Soldado ‘Tiger’ Noakes (Anthony Newley) (AIC)
- O Homem que Luta Só (1959) - Billy John (James Best) (AIC)
- O Monstro de Duas Faces (1960) - Encrenqueiro (Oliver Reed)
- O Pior Calhambeque do Mundo (1960) - Tommy J. Hanson (Ricky Nelson) (AIC)
- Rio Violento (1960) - Vozes adicionais (AIC)
- Desafio à Corrupção (1961) - Vozes adicionais (AIC)
- A Máscara do Horror (1961) - Janku (David Janti)
- Coração Rebelde (1961) - Willie Dace (Will Corry) (AIC)
- O Último Pôr-do-Sol (1961) - Julesburg Kid (James Westmoreland)
- Um Amor de Vizinho (1964) - Sr. Vernier (Richard Hale) (AIC)
- Juramento de Vingança (1965) - Tim Ryan (Michael Anderson Jr.) (AIC)
- A Nau dos Insensatos (1965) - Johann (Charles De Vries) (AIC)
- Vendaval na Jamaica (1965) - John Thornton (Martin Amis) (AIC)
- Dívida de Sangue (1965) - Clay Boone (Michael Callan)
- O Canhoneiro de Yang-Tsé (1966) - Po-han (Mako)
- Cientista Bicão (1966) - Melvin Byrd (Soupy Sales) (AIC)
- Alvarez Kelly (1966) - Vozes adicionais (AIC)
- Caçada Humana (1966) - Bubber Reeves (Robert Redford)
- Chamada para um Morto (1966) - Edward II (David Warner)
- Capricho (1967) - Vozes adicionais (AIC)
- Os Heróis não Se Entregam (1968) - Oficial alemão (Barry Ford)
- Sartana (1968) - Roy Hughes (Luigi Antonio Guerra)
- A Filha da Obsessão (1969) - Arnold Watson Bessmer (William Beckley) (AIC)
- Glória e Derrota (1971) - Gale Sayers (Billy Dee Williams)
- Joe Kidd (1972) - Roy Cannon (Paul Koslo) (BKS)
- Papillon (1973) - Maturette (Robert Deman) (MAGA)
- Interlúdio de Amor (1973) - Bruno (Dennis Olivieri)
- Três Cartas de Amor (1973) - Vincent (Martin Sheen)
- A Invasão das Aranhas Gigantes (1975) - Dave Perkins (Kevin Brodie)
- Jabberwocky: Um Herói Por Acaso (1977) - Dennis Cooper (Michael Palin)
- A Vida de Brian (1979) - Sr. Sheeky/Stan (Eric Idle) (MAGA; Marshmallow)
- Alligator (1980) - Kemp (Mart Braverman) (MAGA)
- Amor Sem Fim (1981) - Billy (Tom Cruise) (Elenco)
- Os Bandidos do Tempo (1981) - Randall (David Rappaport) (MAGA; dublagem para TVS/SBT)
- Chapolin: Aventuras em Marte (1981) - Operador de Câmera (Guillermo Cardenas)
- Mais Próximo do Terror (1982) - Barney (John Jarratt) (MAGA)
- Morte nos Sonhos (1984) - Alex Gardner (Dennis Quaid) (MAGA)
- Supergirl - O Filme (1984) - Vozes adicionais
- A Hora do Pesadelo 2: A Vingança de Freddy (1985) - Benfeitor (Brian Wimmer) (Elenco; dublagem original)
- Tuff Turf: O Rebelde (1985) - Morgan Hiller (James Spader)
- Os Aniquiladores (1985) - Joe Nace (Dennis Redfield)
- Garota Sinal Verde (1985) - Jason (Boyd Gaines) (Elenco)
- John e Yoko: Uma História de Amor (1985) - John Lennon (Mark McGann)
- O Caçador de Assassinos (1986) - Will Graham (William Petersen) (MAGA; dublagem original)
- Heavy Metal do Horror (1986) - Eddie Weinbauer (Eddie Weinbauer) (MAGA)
- Baile de Formatura - Parte 2: Vestida para Vingança (1987) - Vozes adicionais
- Elvira - A Rainha das Trevas (1988) - Sr. Rivers (Bill Morey) (MAGA)
- O Campo dos Sonhos (1989) - Joe "Descalço" Jackson (Ray Liotta) (MAGA; dublagem original)
- Dois Tiras Infernais (1990) - Alex Kearney (Anthony Edwards)
- O Exorcista 3 (1990) - Vozes adicionais (MAGA; dublagem original)
- Buffy - A Caça-Vampiros (1992) - Lothos (Rutger Hauer) (Marshmallow)
- O Passageiro do Futuro (1992) - Vozes Adicionais (MAGA)
Séries[]
- Durango Kid: O Cavaleiro de Durango (1940-1952) - Vozes Adicionais (T03) (AIC)
- Papai Sabe Tudo (1954-1960) - Bud (Billy Gray; 2ª voz) (Gravasom)
- Cidade Nua (1958-1963) - Vozes adicionais (AIC)
- Viagem ao Fundo do Mar (1964-1968) - Comandante Finch (Harry Lauter), Tenente Froelich (Jan Merlin)
- A Feiticeira (1964-1972) - Watanabe (Bob Okazaki), John Morgan (Jim Begg), Clyde Farnsworth (Roger Garrett), Hawkins (Steve Franken), Napoleão Bonaparte/Henri (Henry Gibson), Chimpanzé na forma humana/Harry Simmons (Lou Antonio), Primo Henry (Steve Franken), Bob Paikowski (Gordon De Vol), Bobby Hart/Ele mesmo, Waldo (Hal England) (AIC)
- Viagem ao Fundo do Mar (1964-1968) - Tenente Froelich (Jan Merlin)
- Jeannie é Um Gênio (1965-1970) - Vozes Adicionais (T02-T05) (AIC)
- Besouro Verde (1966-1967) - Vozes Adicionais (AIC)
- Batman (1966-1968) - O Traça (Roddy McDowall) (AIC)
- Os Monkees (1966-1968) - Mike (Michael Nesmith; 2ª voz) (AIC)
- Jornada nas Estrelas (1966-1969) - Oficial Navegador Pavel Chekov (Walter Koenig) (T02.07), Tenente Hansen (Hagan Beggs), Compton (Geoffrey Binney), Juiz (Kermit Murdock) (AIC)
- Perdidos no Espaço (1965-1968) - Bartolomeu (Gil Rogers), Craig (Robert Pine) (AIC)
- A Noviça Voadora (1967-1970) - Carlos Ramirez (Alejandro Rey) (AIC)
- E as Noivas Chegaram (1968-1970) - Jeremy Bolt (Bobby Sherman)
- Lancer (1968-1970) - Vozes adicionais (T01-T02) (AIC)
- Terra de Gigantes (1968-1970) - Joey (Jack Chaplain), Torg (Jerry Davis), Nalor (Robert F. Lyons) (AIC)
- Spectreman (1971-1972) - Wada (Koji Ozaki) (3ª voz; BKS)
- Estrela Fascinante Patrine (1990) - Vozes adicionais (Estúdio Windstar)
- Kiko (1991) - Vozes adicionais (MAGA)
Novelas[]
- A Vingança (1977) - Rafael Narvaez (Xavier Marc)
- Viviana: Em Busca do Amor (1978-1979) - Vozes adicionais[Carece de fontes]
- Os Ricos Também Choram (1979-1980) - Alberto "Beto" López/Alberto "Beto" Santesteban Villarreal (Guilhermo Capetillo)
- Chispita (1982-1983) - Anjo da Guarda (Alberto Mayagoitía) (Elenco; dublagem original)
Animações Ocidentais[]
Séries[]
- Andy Panda (1939-1949) - Andy Panda (Sara Berner/Margaret Hill-Talbot/Dick Nelson/Walter Tetley) (2ª voz)
- Pica-Pau (1941-1972) - Cientista (?) (ep. 93-AIC); Jubileu (Daws Butler) (ep. 121) e Raposa Fink (Daws Butler) (1ª voz, ep. 133-BKS)
- A Família Urso (1962-1972) - Charlie Urso Junior (Paul Frees) (eps. 6, 8-12-BKS)
- Capitão Escarlate (1967-1968) - Capitão Blue (Ed Bishop)
- Bam-Bam e Pedrita (1971-1972) - Bam-Bam Rubble (Jay North)
- Flintstones & Cia (1980-1981) - Shmoo (Frank Welker)
- Alvin e os Esquilos (1983-1990) - Simon Seville (Ross Bagdasarian, Jr.; 1ª voz) (BKS)
- A Família Guaxinim (1985-1991) - Vozes Adicionais
- Popples (1986-1987) - PC (Hadley Kay/Danny Mann) (MAGA)
- Sectaurs: Os Guerreiros de Symbion (1985) - Zak (?)
Longas[]
- Chantecler: O Rei do Rock (1991) - Frank (Stan Ivar), Tetleyadicionais (MAGA; dublagem original)
Especiais[]
- Especiais da Turma do Charlie Brown (1965-Presente) - Charlie Brown (vários) (MAGA)
- Barbie: A Estrela do Rock (1987) - Ken (Michael Benyaer)
Animes[]
Séries[]
- As Aventuras de Pinóquio (1972) - Vadinólio (?)
- Rei Arthur (1979-1980) - Tom (?) (Elenco)
- Angel, a Menina das Flores (1979-1980) - Serge/Felipe (Yuu Mizushima) (Elenco)
- Saber Rider (1987-1988) - Richard Lancelot/Saber Rider (Bin Shimada)
- Kimba, o Leão Branco (1989-1990) - Jonathan (Nobuaki Sekine; 1ª voz) (AIC; dublagem original)
Trabalhos em Direção de Dublagem[]
MAGA[]
Filmes[]
- Papillon (1973)
- Chapolin: Aventuras em Marte (1981)
- Charrito: Um Herói Mexicano (1984) - realizado nos estúdios da Marshmallow
- Trama Fatal (1986)
- O Campo dos Sonhos (1989) - junto c/ Denise Simonetto
Séries[]
- Programa Chespirito (1970-1973)
- Chaves (1973-1980) - junto de Potiguara Lopes, Osmiro Campos e Nelson Machado
- Chapolin (1973-1979) - junto de Potiguara Lopes, Osmiro Campos e Nelson Machado
- Kiko (1991) - realizado nos estúdios da Marshmallow
Animações Ocidentais[]
Longas[]
- Chantecler: O Rei do Rock (1991) - junto c/ Gilberto Baroli
Séries[]
- Especiais da Turma do Charlie Brown (1965-presente)
AIC[]
Séries[]
- A Noviça Voadora (1967-1970)
Galeria[]
Referências[]
- ↑ 1,0 1,1 1,2 Atestado de Óbito de Marcelo Gastaldi Júnior. FamilySearch. Consultado em 29 de julho de 2024.
- ↑ Dubladores de "Chaves" que disseram não ao SBT voltam à série no Multishow. tvefamosos.uol.com.br. Consultado em 4 de outubro de 2021
- ↑ "Chaves" no Multishow reúne novos e antigos dubladores; confira o elenco. tvefamosos.uol.com.br. Consultado em 4 de outubro de 2021
- ↑ PACHECO, PAULO (30 de novembro de 2014). SBT exibirá episódios 'perdidos' de Chaves após morte de Bolaños. Notícias da TV. Consultado em 4 de outubro de 2021
- ↑ Mário Lúcio de Freitas. Consultado em 15 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 3 de janeiro de 2012.
- ↑ Marcelo Gastaldi. universoaicsp.blogspot.com.(Link de backup indisponível)
- ↑ Noticias Antigas de Jornais, Revistas... sobre Dubladores, dublagens e Estúdios. Dublanet. Acessado em 02/07/2023.
- ↑ PACHECO, PAULO (6 de janeiro de 2014). Fãs de Chaves estranham novas vozes em episódios inéditos no SBT. Notícias da TV. Consultado em 4 de outubro de 2021.
- ↑ Folha de S.Paulo - Família de "Chaves" tem dificuldades - 10/03/2000. www1.folha.uol.com.br. Consultado em 4 de outubro de 2021
- ↑ Herdeiros do dublador do Chaves não conseguem indenização. Consultor Jurídico. Consultado em 4 de outubro de 2021
- ↑ SBT é condenada a indenizar herdeiros de dublador de Chaves. www.bahianoticias.com.br. Consultado em 4 de outubro de 2021
- ↑ Embora alguns sites afirmem que Gastaldi iniciou sua carreira em 1957, de acordo com a palestra em um curso de dublagem que ele concedeu em 1988 (vide aqui) e as matérias sobre o LP do Chaves feitas tanto pelo Jornal do Brasil de 7 de fevereiro de 1990 quanto da revista Veja do mesmo ano, Gastaldi, na realidade, começou sua carreira em 1956.
- ↑ Uma fonte relatou que ele faleceu por conta de uma baixa em seu sistema imunológico desencadeada pelo agravamento de sua diabetes enquanto caminhava pela rua. Uma segunda, no entanto, indica que ele foi morto atropelado em um acidente de carro. Uma terceira, por sua vez, aponta que Gastaldi morreu de leucemia. Já uma quarta (e mais difundida) fonte implica que ele sucumbiu após uma forte pneumonia que lhe causou morte cerebral.